sexta-feira, 24 de abril de 2009
Canta, ó coração! nas imagens da Cambuquira antiga.
Chorando suas mágoas
Imensas, cheias de dor.
Canta, com emoção.
Eleva nesse canto
Promessas de paz e amor!
A canção, que vocês ouvirão ao abrir o vídeo, é de autoria de José Vieira Brandão.
As fotos são da Cambuquira antiga do seu tempo de menino e um pouco mais.
A bela música com as belas paisagens compõem a nossa homenagem ao nosso mestre maior da música erudita e clássica e aos 100 anos que a cidade completa no dia 12 de maio de 2009.
Clique no play> para assistir e ouvir!
Se a sua internet é lenta, clique no play, desligue o som e deixe carregar antes de reiniciar para ver e ouvir.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Cruzeiro da Matriz.

No cenário, as velhas casas da avenida N.S. Aparecida ainda se apresentavam nos modelos originais, inclusive uma com a porta para a rua, como era de costume nos tempos passados.
Ao fundo ainda se vê o antigo hospital na Figueira.
domingo, 19 de abril de 2009
Associação Atlética Cambuquirense.
Foto enviada por Renato Braga.
Eta pescaria boa!...
Geraldo Silva, que nas horas vagas pintava alguns quadros relacionados às festas típicas da cidade e algumas paisagens num gênero criado por ele mesmo, segura a vareta com João Guarino. Braizinho Ponzo e Torininho seguram juntos um outro peixe. Na foto ainda está Durval Castilho (um jacaré adolescente ainda) com José Torino "ajudando" o pai a segurar o peixão.
A exibição aconteceu num tempo passado, talvez lá pelos anos 60 em frente a Casa Torino, mercearia dos Torino, na av.Clóvis Andrade Ribeiro ( av.quatro).
Foto enviada por Renato Braga ( neto de João Guarino).
Seria uma romaria?
Conhece algum desses jovens que agora estão aí pela casa dos 5o e mais anos?
Bem! Conheci alguns:(De pé) Paulico Chagas, José Máximo(?) ....... Pedro Calixto,.....José Carlos Rocha. Sentados no chão: ........, ........., Paulo, Pinginho, ..........
Se souber mais nomes e o que faziam, favor mandar recado pelo contato na barra lateral.
Foto enviada por Renato S. Braga ( Guarino)
sábado, 18 de abril de 2009
José Vieira Brandão, um gênio cambuquirense da música.

Fez aperfeiçoamento em piano com Marguerite Long.
Em 1934, fundou o Madrigal Vox do Conservatório Brasileiro de Música, do qual foi o regente até 1945. Fez recitais no Brasil e no exterior. Tornou-se professor de regência no Conservatório de Canto Orfeônico, a partir de 1943. Entre 1945 e 1946, foi bolsista da University of Southern California, em Los Angeles, período em que além de estudar os diversos sistemas de educação musical utilizados pelas escolas norte-americanas, regeu o conjunto coral daquela universidade, o Madrigal Singers, além de realizar várias palestras e recitais em diversas cidades norte americanas. Foi quem representou o Brasil na Bienal de Educadores Musicais em Cleveland, EUA, em 1946. No ano seguinte, retornou ao Brasil, dedicando-se à composição e atuando também como regente de corais, como os do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e do Conservatório Brasileiro de Música , do Rio de Janeiro. Fez parte do Serviço de Educação Musical e Artística da Prefeitura do antigo Distrito Federal. Docente Livre de Piano na Escola Nacional de Música, a partir de 1950. Em 1956, assumiu o cargo de Técnico em Educação Musical e Artística junto à Secretaria Geral de Educação e Cultura do Rio de Janeiro. Foi fundador da Cadeira n. 36 da Academia Brasileira de Música.
OBRAS PRINCIPAIS:
Ópera Máscaras (1959) Música orquestral Fantasia concertante para piano e orquestra (1937- 1959) Máscaras (1959) Música de câmara Trio (1961) Quarteto n. 1 (1944-1951) Quarteto n. 2 (1958-1960) Choro (1945) Música instrumental Minueto (1926) Serestas n. 1 e 2 (1942) Suite n. 1 (1940) Única seresta (1948) Valsa scherzo (1937) Sonata para violoncelo e piano (1954-1955) Música vocal Adivinhação Cussaruim Prequeté Só Silêncio Soneto inglês Canto do aviador brasileiro Trem de ferro Missa de Páscoa.

Faleceu no Rio de Janeiro em 17 de Julho de 2002, deixando esposa e filhos.
Infelizmente a cidade não teve a oportunidade de ouví-lo.
Este foi um cambuquirense de sucesso. Isso não podemos negar.
Embora póstumas, Nossas congratulações!
Fonte: UFMG / Movimento.com / Portal Todo Coro, etc.
Abaixo uma Aria de Bach com Arranjos de José Vieira Brandão:
Apresentação do Coral Harte Vocal na Sala Cecília Meirelles em 14 de dezembro de 2007 :
http://www.youtube.com/watch?v=PP_0yMgnE-Y (Acesse e assista no YouTube)
COMENTÁRIO:
O tio Zé Brandão é irmão do Tio Manoel.Não sei se vc sabia,e o Alberto Brandão que fez o comentário e agradecimento no site é filho de Maria Helena Brandão,filha de Tio Manoel (já falecida).
Marilia
terça-feira, 14 de abril de 2009
Um picnic em família

Na foto provavelmente do fim dos anos 20 ou começo dos anos 30, um momento de alegria em família num picnic na roça. Na frente está Euzébio Ferreira com irmãos e outro membros da família.
Conforme informação, também está na foto Benedito Ferreira, já falecido que foi juiz de paz e inspetor de alunos em Cambuquira, ainda muito jovem.
Quem nos puderá informar quais são os outros personagens?
Lamartine Babo em Cambuquira II

Numa das suas visitas desde a sua primeira estada na Estância obedecendo conselhos médicos, Lamartine Babo aparece na foto rodeado de crianças, com certeza na maioria turistas, mostrando o quanto ele gostava da juventude e do som do Carnaval.
Contam que Lamartine na primeira vinda à Cambuquira, veio para se tratar da magreza que perturbava mais os olhos dos outros do que a ele próprio. Mas, embora tomasse as doses recomendadas de água mineral recomendadas pelo médico, não se afastou do movimento e do barulho. Apitou jogo de futebol, participou do Carnaval da cidade e ainda teve fôlego para acompanhar alguns foliões da cidade numa visita para conhecer a folia de Campanha que era muito famosa.
O sorriso dele no meio da turma mostra que estava mesmo feliz e despreocupado.
Bons tempos aqueles!.... E, como diz o estandarte "Impera a Alegria" era o lema do bloco.
Foto : contribuição de Marília Noronha.
NOSSOS ALEMÃES.

Foto e identificação: Nádia Möller Costa Silva
CANDOLA CASIMIRO E OUTRAS.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
INAUGURAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA EM 1910
Clareada de propósito, ao observarmos a foto veremos que esse ponto é a esquina da Caixa Federal e o sobrado à direita é a casa de Antônio Joaquim da Silva Lemes, pai do Cap.Cláudio que existia no local onde há essa agência bancária.
Fonte Histórica: Livro Cambuquira Estância Hidromineral e Climática - Manoel Brandão Ed.1958
Mais detalhes sobre Raul Sá, clique aqui!
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Resumo histórico fotográfico dos 100 anos de Cambuquira.
Ao término, aguarde e veja também clicando no segundo quadro que aparece o vídeo CAMBUQUIRA, UM SÉCULO DE HISTÓRIA- autor: Antônio Almeida..
quarta-feira, 8 de abril de 2009
A História da Chácara das Rosas e Casa de Lahmeyer.

A propriedade, como conta Manoel Brandão no seu livro Cambuquira Estância Hidromineral e Climática, pertenceu primeiramente à Manoel Martins Ribeiro* que por herança passou a propriedade ao seu filho João Martins Ribeiro, parentes dos herdeiros da Fazenda Boa Vista (sede onde hoje é o Hotel S.Francisco). Mais tarde João Martins Ribeiro acabou por vender a propriedade a Américo Werneck,

Foto da Mata do Parque (abaixo)

Mais tarde Dr. Américo Werneck permutou a sua propriedade por outra em Lambari (Nova Baden) com o Dr. Ferreira Neto. Ferreira Neto que residiu no local por algum tempo e na cidade exercia a sua profissão de médico dedicado a cura pelas águas aliada aos medicamentos existentes na época. Mal.Floriano.
Mais tarde a casa foi cedida ao Marechal Floriano Peixoto, na época conhecido como Marechal de Ferro, que veio para Cambuquira para se tratar com nossas águas minerais.
A história não conta, mas provavelmente no local ainda esteve Marechal Deodoro da Fonseca, que inclusive faleceu em Cambuquira como conta José Sarney em seu livro sobre os Presidentes do Brasil. Mal. Deodoro
Com a morte de Ferreira Neto na Europa, a gleba foi vendida por D.Prudenciana, viúva deste antigo médico, ao Sr. Rodolpho Lahmeyer. Outra hipótese é que a esposa de Lahmeyer tenha recebido a chácara por doação da madrinha Prudenciana também conhecida na cidade como Xajana.

Rodolpho Lahmeyer demoliu a velha casa existente no local e ali construiu um casarão de luxo com ladeado por jardins com mais de 180 espécies de rosas e hortências, além de montar no restante um grande pomar de frutas diversas estrangeiras e nativas como as jaboticabeiras e outras de origens diversas como castanhas portuguesas e mangueiras, além de peras que ainda existiam até a década de 80 quando foram cortadas a mando e algum prefeito. Enfim, aquilo parecia um Jardim do Eden, conhecido naqueles tempos como "Vila das Rosas". 40 e 50

Com a falência do empreendimento de Rodolpho Lahmeyer, fato que pode ter definido a entrada ou não da cidade no rol dos municípios bem sucedidos, uma indústria de frios com granja própria, a propriedade fora adquirida pelo Estado de Minas Gerais por um valor bem inferior a sua avaliação, destinando-a como "Residência dos Prefeitos" nomeados naquela época.

Fachada em 2000, vitrais e luminária.
Na casa, mais tarde, serviu para outros objetivos transformando-se em departamento da prefeitura, biblioteca, junta de serviço militar e sede da prefeitura até a administração de Rubens Barros que transferiu o Paço Municipal para o antigo Hotel Globo, adquirido dos herdeiros de Antero Lopes Siqueira.
Depois disso, o patrimônio, que já apresentava alguns problemas no telhado e necessitava de uma reforma, ficou abandonado até ter o seu telhado retirado e assim ficou até os dias de hoje. E, como numa herança pré-histórica, ali brotaram e cresceram arbustos, onde eram salas, quartos, etc. Também, parece que foram perdidas as telhas coloniais importadas, os vitrais, venezianas e divisórias do jardim de inverno que ainda recuperáveis na época, conforme cita a lei de preservação de bens históricos.
Quem quiser saber mais que visite o local! Então verá como o patrimônio público e a nossa história tem sido tratados nos últimos anos...E, por esse ponto não cabe mais comentários!...Ou tem?
Obs.: *Irmão de Escolástica Joaquina do Monte Casino (ou da Ribeira), herdeiros de Tomé Martins Ribeiro e Maria Inácia de Jesus, sendo sua irmã a esposa de Vicente da Silva Leme, filho de José da Silva Leme e Rosa Maria Goulart, donos da Fazenda Boa Vista cuja sede ficava onde hoje é o Hotel S.Francisco.
Veja nota anterior sobre Rodolpho Lahmeyer e a Casa das Rosa, publicadas neste blog.(Clique no destaque!)
Foto de Werneck: http://br.geocities.com/lambarimg/viola/galeria.htm
Veja abaixo a triste história tirada do livro de Manoel Brandão.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
GRANJA MAROIM

Esta é uma extensão da história da velha casa hoje abandonada e em ruínas na famosa Chácara das Rosas. E, talvez o grande motivo da sua existência e causa do destino que se deu ao lugar e o município, além do estado em que hoje se encontra uma cidade que antes foi próspero.
O fim do complexo Granja Maroim e a indústria de embutidos de Rodolpho Lahmeyer,inaugurado em junho de 1923, como já disse, podem ter determinado o futuro de nossa cidade, mas que na comodidade de ter se tornado por vários anos uma estância turística de sucesso, restringiu-se às atividades do termalismo sem criar outras alternativas econômicas. Fato esse, que noutros lugares não aconteceu, já que “veraneio”, como diz a própria palavra, restringe-se aos Verões. E, como ficaria a cidade no inverno que chegava e por aqui parece não ter saído mais?
Analisando por esse lado, também podemos concluir o óbvio: “hoteleiros e fazendeiros” não queriam competidores que tirassem seus “funcionários” com promessa de emprego fixo e melhores salários.
Como diz Manoel Brandão:

Manoel Brandão não deixa escapar a sua tristeza com o fim daquilo que ele também julgou ter sido uma grande perda para nossa cidade, narrando com os mesmos detalhes, final trágico do que poderia ter sido um empreendimento de sucesso que com certeza a diferenciaria, para melhor, nossa cidade das demais vizinhas:
E a triste história tem o seu final trágico!
“E esse milheiro de reprodutores, de puro sangue, fruto de longos anos de esforços e trabalho, teve de ser dispersado para fornecimento a açougues ao invés de servir à reprodução, que constituía o seu objetivo.
... a Granja Maroim entrou a deperecer, pelo desânimo e desilusão de seu proprietário, até ser adquirida, por preço irrisório pelo próprio Governo do Estado, para nela estabelecer um posto de monta, que resultou, ......em expoente negativo.”
. ........................................................................ .
O resto já foi contado em texto anterior quando falamos do Jardim do Éden que foi a Chácara das Rosas.
Assim termina uma história que provoca lágrimas naqueles que realmente sempre almejaram dias melhores para uma cidade criada para ter um destino diferente do que este que lhe deram nos últimos tempos.
A União e o Estado de Minas Gerais, representados pelos políticos da época, tiveram papel drástico (não encontro outro adjetivo) no destino desta cidade.
A primeira foto acima, da Fazenda da Epamig, último quinhão do complexo agro-industrial de Lahmeyer, foi alienado pelo então Governador Newton Cardoso, contra a vontade do povo e do pedido de alguns políticos que ele instalasse no local uma Escola Agrícola, que além de aproveitar o local bem apropriado para isso, daria sangue novo à Estância Hidromineral que já apresentava sinais de estagnação. O gado de raça PO/PC foi leiloado, embarcado para fazenda de alguns homens privilegiados da época. A propriedade foi adquirida por empresários da construção civil de Brasília que ao mesmo tempo também ficou com o Hotel Elite, sem mover um único tijolo ou palha no palheiro. Hoje, parece que a fazenda pertence a outra pessoa que também não investiu em nada. Assim ali nada se produz e com nada contribui para ajudar na economia e na receita de uma cidade hoje carente de recursos.
sábado, 4 de abril de 2009
Cambuquira em 1899
Foto colorizada com auxílio de programa de computador.
Encontro com autoridades e políticos no Hotel Victória.
Na foto acima, Padre Joel Pinheiro Borges, Benedito Valias, Francisquinho de Azevedo Lemos, Raphael Antierio entre outras autoridades e pessoas de destaque na cidade recepcionam representantes do governo e políticos no Hotel Victória (Santos Dumont)- anos 60 .
Quem souber os nomes de alguém que aparece na foto, favor informar via CONTATO do blog (barra lateral da página.
RUA DIREITA - Provavelmente nos anos 50.

Clique na foto se deseja ampliar para ver os detalhes!
Esta foto tem mais de 50 anos, baseando-se nos veículos grandes e pesados da época que circulavam ou estavam estacionados, como de costume no "meio da rua".
Ainda existia a Casa de doces Marino, a loja da Madame Wera, a Farmácia do Zé do Padre, o Salão de beleza de Vicente Ponzo, o hotel Globo e os belos postes de metal.
Como se pode ver também, não era época de temporada e poucos pessoas transitavam pela rua. Uma viagem no tempo tanto para aqueles que viveram a época como para os de hoje que às vezes nem sabiam que isso era assim.