As pessoas mais idosas da cidade que o conheceram dizem que realmente foi um fiel representante dos mandamentos hipocráticos. Durante a maior parte de sua atuação como clínico geral na cidade não fez fortuna como os colegas de hoje. Fazia aquilo por amor, principalmente por amor ao ser humano indistintamente.
Qualquer que fosse o paciente, lá estava Dr. Manoel à beira do leito. Às vezes virava a noite. Podia ser na cidade, na roça ou no hospital, obra de que ele fora mentor e concretizador. Na família Lemes, objeto de minha pesquisa com postagens no blog "silvalemes", confirma essa sua dedicação: "por ocasião da enfermidade de José Lifonso, ele passou a noite inteira ao lado do seu paciente, amanhecendo lá na roça longe do conforto do seu lar.
Numa determinada fase de sua vida, talvez pressionado pelas familiares, planejou ir embora. Pois,até aquele momento não tinha nem a sua casa própria e residia numa casa de propriedade do Estado. Tentou comprar um terreno na av. João de Brito Pimenta para construir a sua tão sonhada casa e não conseguiu.
Sabendo do seu projeto de se mudar de Cambuquira, líderes da comunidade se empenharam e conseguiram comprar o terreno desejado presenteando-o ao nosso maior cambuquirense. Depois disso, empenharam-se na construção do prédio de acordo com as necessidades daquele nobre médico. E, foi assim que aquele menino que viera para nossa cidade aos três anos de idade não conseguir mais deixar a terra que ele adotou e que também o efetivou como filho.
Uma das coisas interessantes dessa história é que apesar de clinicar literalmente de graça, ou às vezes tendo como honorários até "saca de milho", quando competia com o adversário(não inimigo!) André Bacha, Manoel Brandão perdia. A máxima era que Dr. Manoel dava a consulta e André dava p remédio, por isso ganhava do médico.
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