Um eterno apaixonado pela noite e pelas músicas nos deixa mais um vazio na cidade que há algum tempo já sentia a sua ausência nas ruas do centro. Impossibilitado de caminhar, Dodinho estava preso a uma cadeira de rodas sem poder sair de casa.
Como músico participou ativamente dos áureos tempos da Estância, quando inclusive conheceu uma turista que se encantou com ele e por ela ele se apaixonou. Prova disso era que carregava consigo uma das últimas cartas da amada que ele fazia questão de ler para os amigos. Ele dizia que desse amor nasceu uma filha que mais tarde virou atriz famosa (também já falecida) que no entanto viveu e morreu sem saber o nome do seu verdadeiro pai. Fato ou boato, verdade ou mentira, a história fica aí como um registro desse homem que soube viver ao seu modo.
Adeus Dodinho! Que o pessoal do andar de cima saiba aproveitar os seus dotes e num encontro com os antigos membros do Conjunto Serenata, seus amigos residentes por lá há bem mais tempo, possam relembrar os bons tempos da nossa velha Cambuquira.
Leia matéria sobre Dodinho e colegas de conjunto publicado neste blog (clique!)
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*Nota: Também faleceu nesta mesma semana o meu colega de grupo escolar Alonso Silva.
No último dia em que nos encontramos na Rua Wenceslau Braz em Varginha, ele me contou que sofria de um problema no coração e que já havia "parado literalmente" por algumas vezes.
Comentamos sobre uma carruagem que o seu pai teve, quando ele contou que dela só restou uma pela redonda que ficava atrás dos quatro cavalos que levavam aquele veículo. Também contou sobre os últimos dias de sua mãe sofrendo quase inerte sobre uma cama, fim que ele não queria.
Afinal, Alonso parece ter ido como queria, embora precocemente aos 58 anos de idade: de repente, com uma parada cardíaca.
Cumpriu o seu papel neste mundo e entrou no tempo como mais um personagem de nossa história.
Foto: Arquivo do blog
Um comentário:
Os meus sentimentos a cidade de cambuquira estensivo aos familiares,este saudoso e ilustre amigo, tenho certeza que está sentado a direita do nosso Pai criador para os ultimos acertos do baile carnavalesco no céu. Francesco Pastore (Franco)
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