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terça-feira, 27 de maio de 2008

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA CHÁCARA DAS ROSAS.

O texto abaixo narrado por Manoel Brandão, um eterno apaixonado por Cambuquira, conta um pouco da história da casa da foto, e como prometia o projeto de Rodolpho Lahmeyer, e como foi triste o fim do empreendimento que determinaria o caminho do progresso que hoje todos almejamos.
A narrativa é capaz de nos levar àquele tempo e assistir o quanto foi triste para o idealizador e o quanto danoso foi o epílogo da história que nos afeta até hoje.

Não sobrou nada, e nos dias de hoje só resta a cerejeira solitária(se que ela ainda existe agora!) na alameda que leva o nome do antigo proprietário que leva às instalações do SUS e à casa destelhada à mercê do tempo, sem que isso comova ninguém.

A história da Granja Maroim de Rodolpho Lahmeyer.

Completava a Vila das Rosas o conjunto da Granja Maroim, propriedade na qual empregava o Dr.Rodolpho Lahmeyer elevada soma de energias e capitais, onde possuía um posto de criação de gado da raça Jersey, que se destinava ao suprimento da leiteria que pretendia estabelecer para exploração completa do leite e seus derivados.

Nas pocilgas de criação, estabelecidas na zona do Marimbeiro, onde se estendiam em longos corpos de edifícios, de uma extensão de 200 metros, possuía o Dr.Lahmeyer porcos da raça Duroc-Jersey, cujo número de exemplares puro sangue, em pouco tempo se elevava a mais de um milheiro.

Contígua ao estábulo, a fábrica de banha e subprodutos do porco, com as instalações necessárias a tal industria entre as quais frigoríficos, câmara de defumação para “bacons”, presuntos, salsichas, etc. E a fábrica de latas para acondicionamento dos produtos.

Pois bem: - O Governo do estado então não soube concorrer, em mínima parcela, a estimular o esforço desse homem que, se bem que trabalhando em um industria da qual visava os naturais interesses, contribuía para o incremento de uma das forças econômicas do Estado.

Como dissemos atrás, em um dos momentos difíceis que atravessava o país, à míngua de alimentação para fornecer aos animais que com rara tenacidade conseguiria elevar o algarismos acima de um milheiro, recorreu o Dr. Lahmeyer à importação de milho do Rio do Prata. O navio que o transportava foi requisitado nas águas da Guanabara pela Comissão de abastecimento do Rio de Janeiro , e o Governo do Estado, em conjunção com o da República, então dirigido por um mineiro, abandonou o industrial à sua própria sorte, nenhuma providência havendo sido tomada em defesa de uma riqueza que já se não podia apontar como particular.
E esse milheiro de reprodutores, de puro sangue, fruto de longos anos de esforços e trabalho, teve de ser dispersado para fornecimento a açougues ao invés de servir à reprodução, que constituía o seu objetivo.

A Granja Maroim entrou a deperecer, pelo desânimo e desilusão de seu proprietário, até ser adquirida, por preço irrisório pelo próprio Governo do Estado, para nela estabelecer um posto de monta-, que resultou, até à presente data, em expoente negativo.

Tornada autônoma a vida municipal, pela nova Constituição da República, de 1946, constituindo a Vila das Rosas próprio estadual, recaiu no domínio deste, localizando-se nela a administração do Posto de Monta de Cambuquira, e, à mingua de defesa depecendo, quase em abandono, inutilizado o esforço realizado primitivamente pelo Dr.Rodolpho Lahmeyer, que o organizara em retiro aprazível, constituindo-se, além disso, em verdadeiro mostruário de flores e pomicultura.

Do Livro Cambuquira, ed. IBGE 1958, pág. 46.

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