Saudades de Cambuquira
Luiz Moura Gomes - SP
Luiz Moura Gomes - SP
A última vez que nos hospedamos no Hotel Elite foi em Janeiro de 1979 e eu já estava casado com Maria Antonieta, minha namorada desde 1971 ( veja a foto).
Voltamos a Cambuquira muitas vezes, com meus pais, irmãos, cunhado e cunhadas, minhas filhas ( nas fotos abaixo).
Nossa última temporada de férias foi no Hotel Santos Dumont em 1988. Ainda nos dias de hoje sempre que passamos pelo Sul de Minas e adjacências procuramos colocar Cambuquira no nosso roteiro mesmo que só para tomar um copo de Magnesiana e dar uma volta no Parque das Águas. (Na foto abaixo minhas filhas e sobrinhos em 2009 )
Minhas lembranças de Cambuquira são muitas, mas vou aqui descrever talvez a mais remota, a primeira vez que minha família hospedou-se no Elite Hotel foi em Julho de 1960.
A rodovia Fernão Dias ainda estava sendo asfaltada em vários trechos, e a parte final da viagem, da hoje conhecida Rodovia do Circuito das Águas entre Campanha e Cambuquira, era uma estrada de terra com muita poeira.
Esta viagem foi no mês de julho com uma Kombi ano 1959 do meu Tio Gabriel. Éramos crianças, meu irmão José com 11 anos, eu com 9, minha irmã Maria Inês com 7, meu irmão Paulo com 6 e meu irmão Cássio com 4 anos. Estas três fotos são as mais antigas que temos de Cambuquira, acho que muitos aquáticos foram assim fotografados. Eu sou o cara da esquerda montado no cavalinho queimado e no popa da canoa que navega no lago Três Escravos.
Ainda lembro muito bem da ansiedade que sentíamos quando estávamos próximos a Cambuquira e a Kombi aproximando-se da Fonte do Marimbeiro.
Na estrada uma reta pequena, uma curva à esquerda e outra à direita e chegamos ao nosso destino.
Emoção! Suave elevação da Av. Virgílio de Melo Franco, também conhecida como Rua Direita íamos revendo o Hotel São Francisco, a oficina Manes Concessionária Volkswagem, a Padaria Predileta, o Santos Dumont, antes Hotel Vitória o Cinema Elite, o Restaurante Cambuquira, o Cartório, a Casa Das Variedades, o Globo, e enfim o Elite Hotel.
Manobrada e estacionada a Kombi descíamos todos e a constatação de que nada havia mudado.
Estava tudo lá e podia ser confirmado por todos os nosso sentidos:
Cheiro de lenha queimando nas cozinhas dos hotéis, o céu azul intenso e um por do sol colorindo de amarelo ouro o horizonte e as estrelas começando a brilhar. O barulho das ferraduras dos cavalos no calçamento de pedra das ruas, os sabores de cada uma das diferentes águas minerais e outras sensações deliciosas que ficaram para sempre em nossas memórias.
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