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"Não se apaga a história. Muito menos os documentos históricos, que nada mais são do que os registros dos fatos que ocorreram no passado. Quer eles sejam agradáveis ou desagradáveis." juíza de Direito Hertha Helena Rollemberg Padilha

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lea Ferreira Teixeira, cambuquirense e mãe do ex-prefeito de Varginha Mauro Teixeira.

Foto estampada na Policlínica do Bom Pastor - Varginha
Veja abaixo ela, o marido Mauro José Teixeira e familiares, entre eles o ex-prefeito (falecido)
Foto extraída do Guia de Varginha-MG

Cambuquira nunca foi "quilombo".


Cambuquira nunca foi "quilombo".

Nas minhas pesquisas sobre nossa cidade, não descobri nenhuma referência de que foram encontrados por aqui redutos de escravos fugitivos. Portanto, dizer que a origem de Cambuquira vem de um "quilombo" beira não só a irresponsabilidade como também demonstra a total falta de conhecimentos de nossa história.
Essas terras onde se localizam a zona urbana e grande parte da zona rural pertenceram por concessão da Coroa Portuguesa a dois personagens principais: Diogo Garcia da Cruz, esposa de Júlia Maria da Caridade e Tomé Martins Costa, tio de Tomé Martins Ribeiro, considerados estes dois últimos como fundadores do município de Três Corações. Diogo e Júlia é um dos meus penta-avós e igualmente "penta-avô" de muitos outros cambuquirense que têm o sobrenome "Lemes". Nós, os Lemes também descendemos, na maioria e não todos, de Tomé Martins Ribeiro, pai de Escolástica Joaquina do Monte Casino(ou da Ribeira) esta, esposa de Vicente da Silva Lemes, filho de José da Silva Lemes e de Rosa Maria Goulart (ou Gularte, conforme algumas grafias portuguesa).
A maioria dos negros existentes na cidade e descendentes dos primeiros africanos que por aqui chegaram tem suas origens mais remotas nos escravos de Manuel Borges da Costa e Ana Francisca de Jesus (esta, filha de Francisca Tereza de Jesus, filha de Diogo Garcia e Júlia Maria da Caridade.
Manuel, talvez por herança de sua esposa, era dono de grande porção de terras no lugar hoje chamado de Congonhal onde existia uma grande sede com senzala. Nesse local funcionava uma espécie de "depósito" para onde eram encaminhados os escravos recém chegados da Africa e adquiridos, provavelmente na cidade do Rio de Janeiro ou outro lugar, como Paraty naquele Estado, ou mesmo vindos diretamente das colônias portuguesas para os encomendantes.
Por outro lado, as filhas de José da Silva Lemes e de Rosa Maria Goulart, citadas no livro de Manoel e Tomé dos Santos Brandão, por sua vez, deixaram em testamento uma gleba na área urbana para os seus ex-escravos cujos descendentes receberam, mais tarde, uma outra gleba localizada entre o Marimbeiro e Miranda, especificamente no local chamado de "Garganta" onde até hoje vivem descendentes daqueles servos de Ana, Joana e Francisca da Silva Goulart (que não levaram o nome "Silva Lemes", pois este era o privilégio somente dos filhos homens, na maioria dos casos).
Um dos filhos desses ex-escravos chegaram aos nossos tempos: D.Zefa, João Cocão (apelidado de Couro de Jacaré) e alguns "afro-descendentes" residentes ainda na cidade com sobrenome "Tomás, Ribeiro, Silva, etc", nomes adotados dos antigos "patrões".
No Congonhal, existe uma grande quantidade de descendentes daqueles escravos trazidos pela Família Borges da Costa. Estes constam como "comerciantes do Séc. XVIII" em obra histórica, mas que na realidade o seu "comércio" se baseava sim na "importação"(tráfico) da África, que fez com que a família se tornasse uma das mais ricas da cidade da Campanha da Princesa.
Favorecendo ainda o argumento contrário à tese de alguns, existe ainda o fato de que a topografia por aqui não favorecia o surgimento de qualquer coisa semelhante, como aconteceu no "Quilombo dos Palmares" e em outros lugares.
A história, par ser levada a sério, deve ter mais bases sólidas e pouca ou nenhuma especulação.

Visite o blog da Familia Silva Lemes (http://silvalemes.blogspot.com) e conheça mais sobre nossa história (clique no destaque)

Neste blog dedicamos ao registro da genealogia, fatos e história desse clã. Na página, quem se interessar desobrirá que a maior parte da família descende diretamente de Manuel Borges da Costa, Tomé Martins Ribeiro e  de José da Silva Leme, este último quem deu o nome aos descendentes deturpado pelo tempo com o acréscimo do "s" vindo a se tornar Lemes como hoje somos chamados.


Gilberto Silva Lemes -
Texto reeditado.

domingo, 11 de setembro de 2011

Faça uma visita nas páginas mais antigas desse blog e no da Família Silva Lemes para conhecer melhor a história desta Estância e do seu povo.

E, se quiser contribuir com mais dados na forma de fotos, relatos históricos, documentos e causos. Pode fazê-lo. Para isso, basta entrar em contato com o administrador da página via link existente ou através de comentários com e-mail para resposta.
Vamos rescrever nossa história com base em fatos reais, provas e testemunhos.
Ah!...Faltou falar no blog dos 100 anos:
http://100anosdecambuquira.blogspot.com/
Um povo que conhece o seu passado é capaz de saber do seu futuro! (Pense nisso.)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

TESTEMUNHAS DE NOSSA HISTÓRIA - Walter Clementino Nunes



Walter, nos escreve diretamente de S.Paulo e indagou primeiro sobre nossa água Cambuquira. Depois tece alguns comentários sobre a sua relação com a nossa cidade... 

Veja abaixo.


Esqueci de te perguntar se a Água de Cambuquira será comercializada aqui prás bandas de S.Paulo.


Lembrei-me de alguns episódios do Hotel Globo como por exemplo, o Geraldão cozinheiro e que fritava uns contrafilés numa chama enorme que chegava a chamuscar o teto mas ficavam espetaculares. Também de um garçon de nome Dionísio que era muito prestativo e certa vez contratei uma menina que era filha dele para ajudar a tomar conta do meu filho, durante a nossa estadia no hotel.


Também me encontrei mais de uma vez com um médico do Rio de Janeiro que era cardiologista e se chamava Dr. Murilo. Me parece que ele e a esposa, se conheceram no hotel e começaram a namorar e deu no que deu. Eles eram muito queridos por lá e quando os proprietários e funcionários ficavam sabendo da vinda do casal, preparavam aquele pudim de claras com baba de moça que era feito lá no fundo do quintal num quartinho que possuía um fogão de lenha. Era uma sobremesa fantástica e preferida desses queridos cariocas.


Nós também gostávamosde visitar o observatório (abandonado na época) cujos moradores chamavam de "A casa da bola".Infelizmente a história de uma cidade não é feita somente de acontecimentos agradáveis e me vem na memória um episódio muito triste, do começo da década de 80 (seria 1982?), uma fatalidade com uma criança no pedalinho do Parque das Águas. Me parece que ela ficou presa debaixo da pá e não foi retirada a tempo. Foi muito triste pois tiveram que interditar o lago, cobrindo os brinquedos com lona preta.Outra pessoa que se hospedava nesse hotel era o ator João Sgnorelli. Por umas duas vezes encontramos com ele e a família por lá.
A última vez que fui a Cambuquira, o Hotel Globo já estava fechado (acho que foi em 1994) mas mesmo fora de atividade, consegui entrar pela porta frente e lá  estava um rapaz sentado ao piano tocando o Hino Nacional Brasileiro. Ainda estavam por alí as cadeiras de ferro vermelhas e amarelas, o cofre de aço, o relógio de parede, o prendedor de jornais, feito com madeira e tambem a máquina de cortar frios. Nessa última vez que fui (mas voltarei), fiquei hospedado no Grande Hotel Empresa.

Acrescenta depois em resposta ao meu pedido de permissão para postar o e-mail no blog:
Tudo o que te envio, pode e deve ser postado ao seu modo.


O Geraldão era o que denominamos hoje: um afro descendente e era tão alto quanto a chama do fogo ao fritar os deliciosos contra-filés, todavia não tão grande quanto a sua simpatia.
Tenho muitas fotos em papel e tambem os famosos slides.
Como era bom jogar tenis de mesa naquele subsolo do Hotel. Sem contar das garrafas de água que eram deixadas ao pé das portas dos quartos. Havia tambem mangueiras e no tempo desses frutos, gostávamos de dar as mangas aos bezerrinhos que por alí nasciam.
Logo pela manhã, o Arnaldo chegava com a sua picape Ford, trazendo leite, frangos, carne e outras coisas da sua fazenda e que eram consumidas no Hotel. O Arnaldo era muito amigo do Moupyr Monteiro (já falei dele no episódio do cão invadindo o quarto) mas, por ser uma figura impar, merece mais detalhes. Ele era jornalista aposentado e por não se entender direito com a família, residia no Hotel e o seu quarto era forrado com manchetes de jornais com reportagens dele. Foi correspondente de guerra, era alto magro e falava muito bem e sempre conseguia atenção a sua prosa. Uma vez cheguei dar carona para ele até São Paulo e depois de um lanchinho na minha casa, deixei-o no metrô. Ele vivia reclamando que enjoava do tempero da comida do hotel e por esse motivo era comum vê-lo no jantar do Cambuquira hotel ou do Elite, que dava atenção para um cardápio bem mais dietético.
Moupyr tambem era muito amigo do Sr. Marino que possuia uma loja de compotas, queijos e lembranças da cidade.
Acabo de me lembrar novamente do garçom Dionísio, morava no bairro de Lavras e como disse,sua menina ajudou a cuidar do meu filho, prestando serviço de babá enquanto aí estava e depois ela queria vir conosco para S. Paulo mas, minha mulher e eu não quisemos assumir essa responsabilidade. Quanto ao médico cardiologista, o Dr. Murilo, lembro-me que ele criticava as cirurgias cardiacas (muito em moda), segundo ele muitos casos seriam solucionados com medicamentos e dieta adequada e que esse procedimento cirurgico invasivo, deveria ser revisto.
Quanto ao Geraldão, quando fui a cidade em 1995, ele já havia falecido (se não me engano). Certo entretanto, eram algumas de suas especialidades culinárias e aqui vão: O famoso filé, com fritas, a cavalo, com legumes etc, o Espetinho `a crioula, carne bovina com pedacinhos de tomates e cebolas (inesquecível), o Filé de tilápia à cubana, trata-se do peixe tilápia com acompanhamento de banana frita (uma gostosura sempre servido à noite porque era depois do almoço que alguns moleques dos arredores, traziam as tilápias por eles pescadas. Frango das mais diversas maneiras sempre a noite e ainda a canja de galinha.
No café da manhã, além dos queijos (minas e prato fatiado naquela máquina já mencionada) os ovos quentes servidos naquele potinho específico e os doces destacando-se o de leite que era feito lá no fundo do quintal, onde se fazia o pudim de claras.
Tinha também um alambique que eu sempre trazia alguns garrafões para presentear amigos.

Walter Clementino Nunes - São Paulo.


Nesta Segunda-feira passada, ele acrescenta:



Lembrei hoje pela manhã, de um personagem muito importante ligado ao Parque das Águas da cidade.
Trata-se de um fotógrafo que ajudava a eternizar os nossos momentos. Eu mesmo tenho diversas fotos com a minha familia executadas por ele.
Seu nome era Coly ou Colie. Era alto e magro. Fumava cigarros Minister e carregava o maço no ombro abaixo da camiseta. (como se fosse ombreira)
Era exigente pacas e era comum ele mandar os pretendentes a foto que voltassem no dia seguinte com caras mais alegres. Ele não tinha pressa de fazer as tomadas, tudo devia estar como ele gostava e porisso mesmo seu trabalho era muito bem feito. Depois de devidamente pagas as fotos eram enviadas pelo correio uma vez que na epoca não se tinha as facilidades de hoje.
Fotografava em cores mas gostava mais do branco e preto. O seu "studio" era um espaço aproveitado pelo aclive da rua. Uma especie de gruta. (1982, 1984)
A frente, ficavam os cavalos e as charretes de aluguel.
Quando aí estive pela primeira vez, em janeiro de 1975 fomos minha mulher e eu, passear com uma charrete cuja égua se chamava baiana. Quando voltei a segunda vez, me disse o proprietário que ela havia morrido.
Dentro do Parque, a direita de quem entra, havia um viveiro com um tucano de bico amarelo. Tenho foto do meu filho ao lado dele. (1978)
Por enquanto é só mas á medida que a memória vai me ajudando, envio mais